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Qualificação aquém das exigências

O papelão de Priscila remete a uma questão muito mais importante, a da qualidade dos cursos de Jornalismo no país. Hoje, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), há 534 instituições superiores de ensino registradas no Ministério da Educação (MEC) que oferecem cursos de Jornalismo e Comunicação Social. Dessas, 296 são instituições particulares. Em 2006, também de acordo com o Inep, 27.969 estudantes se graduaram em Jornalismo em todo o país. O fato é que, de forma geral (há honrosas exceções, é claro), estes jornalistas colocam o canudo debaixo do braço sem a mínima condição de exercer a profissão, por simples falta de cultura e conhecimento geral – premissas básicas para exercer este ofício.
Não é por acaso que o Ministério da Educação (MEC) se prepara para esmiuçar estes cursos em 2009, o que vai causar mal-estar em muita gente por aí. Além de avaliar os cursos, o MEC deve, também, analisar exigência do diploma específico de Jornalismo para o exercício da profissão. Apesar de não ter se pronunciado oficialmente sobre o tema, o ministro Fernando Haddad tem dito que pretende transformar o curso de comunicação em uma graduação. Profissionais de outras áreas poderiam obter o diploma na área cursando apenas mais dois anos. Este sistema é muito usado nas universidades norte-americanas, país no qual – diga-se – o diploma de Jornalismo não é exigência para o exercício da profissão.
"Se for mantida a base do currículo atual, a reforma não servirá para nada porque a universidade continuará formando graduados que terão enormes dificuldades para conseguir emprego porque sua qualificação está aquém das exigências do mercado", afirmou o jornalista Carlos Castilho em dezembro passado, neste Observatório, no artigo "Cursos de jornalismo na mira do MEC em 2009".

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