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"Obrigatoriedade tratada como dogma"

Na reportagem "Haddad defende discussão de novas diretrizes para cursos de jornalismo" (Agência Brasil, 19/09/2008), o ministro deu o recado: "Nós acreditamos que é um bom momento para discutir essas diretrizes e verificar inclusive quais são as competências que precisam ser adquiridas por um profissional de outra área para que ele possa exercer a profissão de jornalista."
Na reportagem, Haddad diz ainda que "o aprofundamento do debate pode implicar em melhoria da qualidade do exercício profissional", e completa: "A comissão discutirá isso, sem prazo determinado, para que o MEC tenha um posicionamento oficial sobre o assunto [obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão]. Mas essa [a formação complementar] é uma possibilidade. Um médico, por exemplo, pode fazer uma pós em comunicação para cobrir os assuntos de saúde, ou um pedagogo para cobrir educação", comparou.
O jornalista Maurício Tuffani também aposta em uma ação do Ministério da Educação no intuito de "provocar as escolas brasileiras de jornalismo a discutir criticamente os pressupostos da obrigatoriedade da formação superior específica para o exercício dessa profissão, estabelecida pelo Decreto-lei nº 972, de 17/10/1969".
Tuffani denuncia, no artigo "MEC cutuca omissão de escolas de jornalismo", a ausência de debate aprofundado sobre os rumos do Jornalismo no Brasil, focando, especialmente, a obrigatoriedade do diploma:

"Passados quase sete anos desde a Ação Civil Pública do procurador da República André de Carvalho Ramos e da liminar a ela favorável concedida pela juíza Carla Abrantkoski Rister, da 16ª Vara Cível Federal de São Paulo, nenhum esforço sistemático para discutir com profundidade esse assunto foi feito nem mesmo pelas escolas de jornalismo. Ao contrário, o que se viu foram esforços dissimuladores dos pontos centrais desse tema, inclusive por parte de associações de pesquisadores de jornalismo, como já mostrou este blog na postagem `Os defensores do diploma e seus debates imaginários´, de 05/08/2008. Essa omissão tornou-se ainda mais irresponsável a partir da chegada do processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liminar que suspendeu a exigência do diploma em 16/12/2006. Por parte da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e dos sindicatos a ela vinculados, não há nenhum interesse em discutir essa obrigatoriedade, que é tratada por eles como um dogma..."

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