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Valorização da profissão

A queda definitiva da obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo no Brasil é apenas a o cume da montanha de gelo que flutua nas águas turbulentas da profissão. Longe das previsões cataclísmicas de sindicalistas e parte da academia, que prevêem queda de qualidade e de compromisso ético com a derrubada da exigência do diploma, o que vai ocorrer é a quebra do monopólio das fábricas de diploma e a obrigação dos cursos oferecerem um diferencial para a formação na área.
O ministro Haddad resumiu este pensamento em recente entrevista concedida ao jornal O Globo, quando disse que "a intenção de mexer nas diretrizes curriculares independe da discussão sobre a obrigatoriedade do diploma para jornalistas". Segundo ele, a preocupação é com a qualidade da formação profissional, e concluiu: "Em países onde não há obrigatoriedade de diplomas, há boas escolas de jornalismo."
De fato, hoje, a formação superior em jornalismo não é condição necessária para se exercer a profissão em países como Alemanha, Austrália, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Irlanda, Itália, Japão e Suíça. O diploma é exigido apenas na África do Sul, Arábia Saudita, Colômbia, Congo, Costa do Marfim, Croácia, Equador, Honduras, Indonésia, Síria, Tunísia, Turquia e Ucrânia.
A busca pela valorização da profissão ultrapassa a questão do diploma. Ela está calcada em pilares mais profundos (e mais carcomidos), nas bases do sistema educacional brasileiro que engatinha na formação de cidadãos informados e propensos a questionar. Em relação ao Jornalismo, enquanto a preocupação for apenas garantir que cada profissional tenha um canudo debaixo do braço, independente da qualidade da formação, estaremos sujeitos a observar situações como a que viveu nossa colega Priscila.

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