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A Cachoeira de Santo Antônio, que será submersa caso se construa a usina de mesmo nome no Rio Madeira. Essa barragem ficaria ali, e a de Jirau, 126 quilômetros rio acima
Foto: Wilson Dias/ABr

Assembleia de Rondônia pede paralisação das obras da Usina de Jirau

A Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou por unanimidade um requerimento solicitando a paralisação das obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira. O pedido, apresentado pelo líder do governo Ivo Cassol, deputado Tiziu Jidalias (PP), pede que o governador determine a suspensão imediata das obras por causa de irregularidades que, segundo o parlamentar, contrariam a Constituição Estadual.

“O Artigo 264 da Constituição Estadual prevê que todo uso e afetamento do acervo histórico do estado deve ser disciplinado em lei, e caso isso não ocorra, devem ser nulos”, diz o requerimento, em referência a áreas da antiga Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Além disso, segundo o deputado, a falta de licença estadual para as obras da usina também autoriza o governo a pedir a paralisação do empreendimento. “Cabe ao estado o embargo na referida obra por ausência de autorização legal pelas autoridades competentes e, também, por destruição do patrimônio público, realizando a apuração dos crimes ambientais com a aplicação das sanções devidas”.

A usina obteve licença ambiental de instalação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas segundo o secretário de Meio Ambiente, Cletho Brito, há oito autorizações estaduais pendentes. “Não concedi porque tramitam as ações contra a obra. Estou fazendo o que a Justiça manda”, afirmou.

Brito disse que ainda não conversou com Cassol sobre o requerimento dos deputados porque o governador está em Brasília e preferiu não adiantar se o governo acatará ou não o pedido do Legislativo estadual. “Vi o documento, mas não vou entrar no mérito. O governador só deve tomar essa decisão amanhã”.

O requerimento da Assembleia estadual é mais um impasse para o histórico da construção da Hidrelétrica de Jirau. Os ministérios públicos Federal e do estado e as organizações ambientalistas questionam o empreendimento na Justiça, e antes da licença do Ibama, as obras ficaram paradas por mais de dez dias por causa de discordâncias entre o consórcio responsável pela construção, o governo estadual e a prefeitura de Porto Velho.

Jirau terá uma potência de 3,3 mil megawats (MW) e uma energia assegurada de 1,9 mil MW médios, suficientes para abastecer quase 10 milhões de casas. O custo total da obra está orçado em cerca de R$ 10 bilhões.

com informações da Agência Brasil

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