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Foto: Edvaldo Pereira/Amazônia em Foco

Amazônia pode ficar 10ºC mais quente até 2060, diz estudo

James Painter
Analista da BBC para a América Latina

Um aquecimento global de 4ºC deve ter consequências dramáticas para a América Latina e pode subir as temperaturas na região amazônica entre 8ºC e 10ºC, o que levaria à destruição de grande parte da floresta, de acordo com um novo estudo do Departamento de Meteorologia britânico (Met Office).

O cenário catastrófico pode se tornar realidade já em 2060 - quatro décadas antes do previsto pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC).

"Nas nossas melhores estimativas, um aquecimento global de 4ºC aconteceria na década de 2070. Mas em uma situação extrema plausível isso poderia acontecer em 2060", disse à BBC Brasil o pesquisador Richard Betts, do Hadley Centre, a unidade do Met Office que estuda mudanças climáticas.

Os novos modelos climáticos computadorizados do Hadley Centre foram divulgados durante uma conferência na Universidade de Oxford e simulam situações em que altas emissões de dióxido de carbono são amplificadas pelo efeito de retroalimentação (feedback) dos ciclos de carbono.

Este é o nome dado por cientistas aos ciclos de absorção e liberação de carbono por florestas e oceanos.

As simulações apresentadas em Oxford indicam que a Amazônia é uma das regiões que mais vai sofrer com o aquecimento global. No entanto, para o cientista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um aquecimento global de 4ºC elevaria a temperatura na região amazônica em cerca de 5ºC.

"Este tipo de acréscimo na temperatura já seria pior do que os cenários mais extremos do IPCC", disse Marengo à BBC Brasil.

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