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Museu Goeldi sedia evento internacional de museus etnográficos

Em solenidade marcada para esta sexta-feira, 21 de janeiro, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) formaliza uma parceria internacional com o Musée des Cultures Guyanaises (MCG), em Caiena; e o Stichting Surinaams Museum (SSM), em Paramaribo. Através do projeto Museus da Amazônia em Rede, a parceria busca iniciar e estruturar a cooperação entre as instituições, que além da proximidade territorial, possuem coleções que se assemelham (origem cultural, materiais, utilizações, modos de conservação) e constituem pontos de apoio fundamentais para os museus etnográficos da região.

Para o evento, o Goeldi receberá uma delegação de 17 pessoas, entre coordenadores e pesquisadores dos museus estrangeiros, além de convidados do Museu do Oiapoque, no Amapá. A cerimônia deverá acontecer às 16h, no Prédio da Rocinha, Parque Zoobotânico do Goeldi.

Oficina – A partir de segunda-feira, 24 de janeiro, o projeto inicia uma oficina na Reserva Técnica Curt Nimuendajú, no Campus de Pesquisa do Museu Emílio Goeldi. Voltada para a delegação convidada, além de oito pessoas ligadas à própria Reserva, a atividade conta com a apresentação do sistema de climatização do acervo etnográfico, além de focar no sistema de informação da Reserva (o SINCE) e em outros procedimentos técnicos usados para conservação, armazenamento e documentação de coleções etnográficas. Para o futuro, estão previstas outras duas oficinas que acontecerão no Suriname e na Guiana, com data ainda a confirmar.

A rede – De iniciativa do Musée des Cultures Guyanaises, o Museus da Amazônia em Rede é um projeto elaborado para durar dois anos, buscando aproximar os museus do Planalto das Guianas. Embora nos últimos vinte anos tenham sido estabelecidos intercâmbios pontuais, nenhum deles permitiu construir vínculos a longo prazo (principalmente por falta de recursos), fundamentados sobre uma real interação do corpo técnico e conhecimento das coleções.

No projeto, cada Museu possui um coordenador responsável. Lucia Hussak van Velthem, antropóloga e museóloga, é a coordenadora brasileira do projeto e atua pelo Museu Goeldi; pelo Musée des Cultures Guyanaise, as antropólogas Katia Kukawka e Evelise Bruneau; pelo Stichting Surinaams Museum, o responsável é o antropólogo Laddy van Putten.

Além de atividades de formação e capacitação no campo da museologia, a exemplo das oficinas e de encontros, o projeto também busca criar um catálogo de coleções de procedência indígena e maroon dos citados museus da região, a ser disponibilizado através de internet, DVD e CD. “A tônica seriam as atividades de documentação museológica que envolveriam a elaboração de um Thesaurus (repertório alfabético de termos utilizados em indexação e na classificação de documentos) a fim de controlar a terminologia utilizada pelos profissionais que documentam os acervos etnográficos nos referidos museus”, explicam os coordenadores do projeto.

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