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Foto: Edvaldo Pereira/Amazônia em Foco

Professores de escolas públicas do Oeste do Pará fazem graduação em teatro


Oferecido pelo Instituto de Ciências das Artes (ICA) – Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, o Curso de Licenciatura Plena em Teatro é destinado a professores, servidores e educadores da rede pública, que pretendem utilizar as técnicas teatrais como ferramentas de ensino na sala de aula. Em Santarém (PA), o curso iniciou-se este ano, com uma turma composta por 31 alunos e cinco ouvintes. A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Formação de Professores do Ensino Básico (PARFOR), do Ministério da Educação (MEC), e conta também com o apoio da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), onde as aulas ocorrem desde o início de janeiro, no Campus Tapajós.

“Essa parceria com o PARFOR está sendo muito importante, principalmente pela troca de experiência”, explica o coordenador do curso, Paulo Santana. Com três anos e meio de duração, o curso é gratuito e visa desenvolver competências profissionais para articular os conhecimentos técnicos específicos do teatro com objetivos educacionais, principalmente nos níveis fundamental e médio do sistema formal de ensino.

Nesta primeira etapa serão ministradas as seguintes disciplinas, teóricas e práticas: “Trajetórias do Ser”, com a Profa. Dra. Wlad Lima; “Tópicos Especiais em Estudos do Imaginário”, com a Profa. Dra. Ana Karine Jansen, de 10 a 16 de janeiro; “Tópicos Especiais da Psicologia para Teatro e Educação, com a Profa. Dra. Rosely Risuelo Viana, de 17 a 23 de janeiro; “Produção Textual”, com a Profa. Dra. Benedita Martins; “Técnicas Corporais”, com a Profa. Patrícia Miranda, de 31 de janeiro a seis de fevereiro; e “Expressão Vocal”, com a Profa. Marluce Oliveira, no período de 7 a 13 de fevereiro.

Guerreiras - As aulas vão até fevereiro, em um ritmo bem intenso - de segunda a segunda, das oito da manhã às oito da noite. “Há um grande número de mulheres que estão participando deste curso sem nenhum apoio das prefeituras. São mulheres guerreiras, que atravessaram várias barreiras para estar aqui”, afirma, orgulhoso, Santana. Uma delas é Aldeci Costa, de 43 anos, professora da comunidade Boa Esperança, situada na rodovia Santarém-Curuá-Una. “Estou amando esse curso”, afirma emocionada, a educadora da escola Francisco Pereira Chaves.

Portadora de uma deficiência física adquirida em virtude de uma grave queimadura que sofreu no pé direito quando criança, Aldeci tem três filhos, é formada em Pedagogia e há mais de vinte anos é professora da rede pública, onde ensina da pré-escola à quarta série. “Estou aprendendo tudo para poder aplicar na minha sala de aula e nos eventos da escola”.

Mas não são apenas as mulheres que estão gostando da experiência. O Prof. José Geraldo Pinto Queiroz, da Escola João Maciel Branches, situada na região do Planalto Eixo Forte, em Santarém, também está bastante entusiasmado com a iniciativa. “É uma licenciatura nova no município, que traz novas perspectivas de trabalho”, afirma o professor, que atua na Educação Infantil. “A partir desse curso vamos utilizar a arte para desenvolver o nosso alunado, porque a arte também trabalha a coordenação motora e sociabilidade dos indivíduos, além de permitir conhecer melhor a relação do aluno com sua família e a escola”.

Maria Lúcia Morais – Comunicação/UFOPA

Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns guerreiras: dança ensina a tocar o corpo e a alma, canto a voar.
Criança feliz com Professores assim.
História, geografia, matematica...
Corpo ocupa espaço e tempo: hoje, ontem...
Guerreiras, guerreiros; quem sabe faz a hora e faz acontecer...

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