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Ibama autoriza prática da bototerapia em Manaus

O Ibama autorizou a prática da bototerapia, tratamento destinado a crianças com síndrome de Down, hidrocefalia, leucemia e outras doenças, que vem sendo realizado há três anos em Manaus (AM) gratuitamente. A terapia com o golfinho de rio em seu habitat natural é orientada pelo fisioterapeuta Igor Simões. "Há uma interação positiva dos animais com as crianças e, principalmente, é uma atividade supervisionada por profissionais, o que pesou no parecer técnico que será submetido à coordenação nacional do órgão", diz o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Henrique Pereira.

Simões solicitou a autorização para o trabalho com o aval de um veterinário especialista em animais amazônicos, Anselmo Da'Fonseca, de uma bióloga especialista em botos, Vera da Silva, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e de uma médica hematologista do Instituto de Hematoterapia do Amazonas (Hemoan), Socorro Sampaio, que acompanha mensalmente à bototerapia pelo menos 10 crianças em tratamento naquele hospital.

"O que queremos é continuar o trabalho, hoje realizado no hotel Ariaú, e também buscar patrocínio para o sonho de construir um hospital flutuante só para a bototerapia, com a capacidade para atender a mais crianças, sempre gratuitamente", explica o fisioterapeuta. Hoje, o atendimento gratuito é feito apenas uma vez por mês. O hotel de selva, no rio Negro, banca a ida das crianças e suas refeições no dia da terapia.

O parecer técnico do Ibama do Amazonas determina que o projeto de bototerapia tenha "sensibilização e educação ambiental contínua, com presença de biólogo, veterinário e profissionais da saúde, oferecimento de quantidade limitada de alimentos, 0,5% do peso do animal - em torno de 4 peixes por dia -, com dias de não atividade e descanso, e limite máximo de 30 pessoas por dia, alternando com dia de não atividade e treinamento".

De acordo com o superintendente do Ibama, o parecer pretende ser estendido para uma regulamentação das atividades onde existe interação com os golfinhos de rios, das espécies vermelho (Inia geoffrensis) e tucuxi (Sotalia fluviatilis). Na bototerapia, os botos são os vermelhos, conhecidos também como botos cor-de-rosa

"Infelizmente, botos amazônicos têm sido utilizados em atividades turísticas, sem acompanhamento técnico e em condições desfavoráveis ao animal. A proposta de normatização deverá ser um marco na regulamentação das atividades que envolvem essas espécies no País", almeja.

Fonte: AE

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