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Comitê de supervisão das buscas no Araguaia reúne-se pela primeira vez

O Comitê Interinstitucional de Supervisão das Atividades do Grupo de Trabalho Tocantins, responsável pelas escavações para busca de restos mortais de pessoas mortas na Guerrilha do Araguaia, fez sua primeira reunião no fim da tarde de sexta-feira (6), no gabinete do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

De acordo com o decreto presidencial que criou o comitê, o encontro definirá plano de trabalho e procedimentos de convocação, estabelecimento de pautas de reunião e tarefas do comitê. Na reunião deverão ser apresentados resultados da 14ª expedição à região da guerrilha (Pará e Tocantins), feita para reconhecimento de área e concluída na semana passada.

Conforme cronograma inicial do Grupo de Trabalho do Tocantins, na próxima segunda-feira (10) começa o trabalho de campo para localização de corpos. Segundo nota do Ministério da Defesa, 17 pontos estão previstos para escavação e as maiores expectativas de buscas estão em áreas no estado do Pará: Matrinxã (Rodovia Transamazônica, km 0); Bacaba (São Domingos do Araguaia); Grota de Água Fria e Dois Coqueiros (também em São Domingos do Araguaia).

A representante da Comissão de Mortos e Desaparecidos no comitê, Diva Soares Santana, espera que o trabalho tenha resultado e acredita que os restos mortais serão localizados e identificados, e que haverá acesso aos documentos sobre a guerrilha. "Nossa expectativa é de que as coisas deem certo." Particularmente, Diva disse esperar que sejam encontrados os restos mortais de seus parentes e dos demais desaparecidos e que os arquivos sejam abertos. "Tudo é um processo. A gente está em um processo de luta com expectativa de que as coisas aconteçam."

A Guerrilha do Araguaia foi um movimento contrário à ditadura militar organizado no início da década de 1970 pelo Partido Comunista do Brasil na região que compreende o sul do Pará e parte do Tocantins. Oficialmente, não há números de quantas pessoas morreram nas ações do Exército com o objetivo de desmantelar o movimento. O PCdoB estima que existem mais de 60 mortos. Relatos de militares que participaram da repressão falam em pouco mais de 40.

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