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Laboratório da UFOPa vai pesquisar ocupação do Baixo Amazonas

O Laboratório de Arqueologia Curt Nimuendaju, que foi inaugurado no último dia 11 já está funcionando no Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPa), localizado no Bairro Salé. O laboratório tem área construída de 1.200 metros quadrados e conta com dois técnicos e quatro bolsistas, sob a coordenação geral da professora doutora Denise Chaan, da Universidade Federal do Pará (UFPA). O Campus Tapajós está dentro de uma área definida como Sítio Arqueológico.

O Laboratório abrigará as pesquisas de dois projetos de salvamento arqueológico: “Salvamento Sítio Porto” e “Salvamento BR 163 (Santarém-Cuiabá) e BR 230 (Transamazônica), mantidos com o financiamento da Cargil S/A, Companhia Docas do Pará, UFPA e FADESP. Os pesquisadores estão recolhendo materiais, como cerâmicas e ossos, para proceder à datação. O objetivo é estabelecer um padrão de ocupação no Baixo Amazonas.

Fazem parte do acervo materiais arqueológicos coletados pelo Núcleo de Ensino e Pesquisas Arqueológicas da Amazônia (NEPAM). O Laboratório servirá de apoio para a curadoria de materiais arqueológicos, as análises e as reservas técnicas. Funciona desde 2008, quando ainda era ligado ao Campus da UFPA/Santarém.

O nome é uma homenagem ao etnólogo alemão Curt Nimuendaju (1883-1945), que nasceu em Lena, na Alemanha, e adotou o Brasil como pátria. Ele chegou ao País em 1903 e financiou sua primeira viagem trabalhando como cozinheiro. Sobreviveu atuando como indigenista e humanista, mas, sobretudo, vendendo peças etnográficas e arqueológicas para Museus do Brasil e da Europa. Tornou-se reconhecido como antropólogo, principalmente após a publicação das Monografias sobre os Apinaye (1939), Sherente (1942), Timbira (1946) e, em 1952, da Monografia The Tukuna, editada por Robert Lowie, na Universidade da Califórnia.

Nimuendaju é o nome dado pelos Apapokuva Guarani do Araribá (SP) ao cidadão alemão que se embrenhou, no início do século, nas matas pouco exploradas do oeste do Estado de São Paulo. Até então, identificado como Kurt Unkel. Nos anos 20, naturalizou-se brasileiro, aportuguesando o Kurt para Curt e adotando o nome com que os Guarani o batizaram. Viveu seus últimos dias em Belém. Foi o primeiro pesquisador a identificar sítios de terra preta nas regiões de Belterra, Santarém e Lago Grande de Vila Franca.

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