CIÊNCIA | EDUCAÇÃO | CULTURA | MEIO AMBIENTE | DIREITOS | TURISMO | FOTOGRAFIA | ENTREVISTA | EXCLUSIVA

Full width home advertisement

Post Page Advertisement [Top]

Justiça Federal suspende sentença que declarou inexistentes povos indígenas em Santarém. Efeito vale até o julgamento no TRF1, em Brasília
A Justiça Federal de Santarém suspendeu a sentença que considerou as etnias indígenas Borari e Arapium como formadas por falsos índios. Com a suspensão, voltam a vigorar os embargos ambientais contra as madeireiras que invadiram a Terra Indígena Maró, onde vivem os dois povos indígenas.

O juiz Érico Freitas Pinheiro recebeu com efeito suspensivo a apelação do Ministério Público Federal (MPF), que pede a reforma total da sentença e o reconhecimento dos direitos territoriais dos índios. A suspensão fica em vigor até que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região julgue a apelação. Na prática, com isso fica mantida a delimitação da TI Maró e a proibição da entrada de madeireiros.

A controversa sentença do juiz federal Airton Aguiar Portela, assinada em dezembro de 2014, negou o direito de autorreconhecimento dos povos indígenas, decretando que ambos, há anos em conflito com madeireiros e com as terras já delimitadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai), são formados por “falsos índios”, ribeirinhos que teriam deixado de ser índios. Por isso, não teriam direito ao território e a delimitação teria de ser anulada.

A sentença foi publicada algumas semanas depois de uma operação de fiscalização realizada pelo MPF, Funai e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que embargou todas as permissões para exploração madeireira que incidiam sobre a terra indígena. Um relatório técnico de vistoria feito pelo Ibama também comprova a presença e o interesse dos madeireiros na terra indígena, oferecendo máquinas e combustível para lideranças comunitárias em troca de apoio no processo contra os indígenas. Agora, os madeireiros devem se retirar novamente até que o processo encerre o trâmite no TRF1.
Processo nº 0000610-82.2010.4.01.3902

Com informações do Ministério Público Federal no Pará


Conheça a campanha pela demarcação da Terra Indígena Maró
- Curta e acompanhe a página da campanha: https://www.facebook.com/somosterraindigenamaro
- Assine e divulgue a petição online em apoio à demarcação: http://migre.me/mFzFl
- Saiba mais sobre a história e a cultura da Terra Indígena Maró: http://migre.me/nlr4p


Veja o vídeo Chama Surara que registra a manifestação de 9 de dezembro de 2014, quando os indígenas da região do Tapajós e Arapiuns repudiaram sentença do juiz federal José Aírton Portela, proferida em primeira instância, declarando a inexistência da Terra Indígena Maró. A produção é de Bob barbosa e Yasmin Moura, com apoio do Projeto Saúde e Alegria.

Nenhum comentário:

Bottom Ad [Post Page]