Madereira Bel Monte, em Nova Ipixuna (PA),
foi multada e embargada pelo Ibama nesta terça-feira
Foto: Nelson Feitosa/Ibama/Divulgação
Ibama fecha madeireiras onde casal foi assassinado no Pará foi multada e embargada pelo Ibama nesta terça-feira
Foto: Nelson Feitosa/Ibama/Divulgação
Duas madeireiras foram multadas e embargadas por agentes do Ibama entre segunda e terça-feira em Nova Ipixuna (PA), onde foi morto um casal de líderes extrativistas que denunciava o desmatamento na região.
José Claudio Ribeiro da Silva e a mulher dele, Maria do Espírito Santo da Silva, foram assassinados no dia 24, em uma estrada de terra que liga o Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira ao centro da cidade.
Após a morte, o Ibama anunciou que intensificaria as fiscalizações de desmatamento.
As duas empresas autuadas não apresentavam a mesma quantidade de madeira registrada no Sisflora (sistema que controla o comércio e o transporte de produtos florestais no Estado).
Isso favorece, segundo o Ibama, o uso de crédito para 'esquentar' madeira --ou seja, retirada ilegal com documentos que simulam legalidade.
Foram multadas a M.P.Torres e a Madeireira Bel Monte Ltda., já autuadas anteriormente pelo órgão. No total, as multas chegam a R$ 548 mil.
O Ibama diz que ambas também descumpriam exigências do licenciamento ambiental, como entrega de relatórios anuais de atividades e comprovantes da destinação dos resíduos produzidos.
A operação, diz o órgão, já destruiu fornos ilegais de carvão e multou moradores do assentamento que se associaram a madeireiros para a exploração ilegal de madeira. Assentados flagrados em crimes ambientais estão sujeitos à expulsão das terras de reforma agrária.
No sábado, fiscais do Ibama encontraram o corpo de Eremilton Pereira dos Santos, 25. Segundo a polícia, a morte dele não está ligada ao assassinato do casal.
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