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Alguns pontos importantes sobre a cobertura midiática da prisão dos brigadistas de Alter do Chão
Manifestação de apoio aos brigadistas presos durante a audiência de custódia em Santarém (PA). Foto: Divulgação da Brigada de Alter do Chão

Por Raphael Ribeiro/Colaborador do blog Amazônia em Foco

No primeiro dia
A maior parte da imprensa local deu ênfase na reprodução da versão da polícia. Nas primeiras veiculações nem o depoimento do advogado se viu, ouviu ou leu. Vale lembrar que blogs também devem possuir um compromisso social e seu público deveria cobrar. Emitir opinião é totalmente válido, e há poucos limites para isso, mas julgar suspeitos previamente é mais que antiético, é desumano e desonesto. 

Ainda no primeiro dia
A imprensa nacional fez seu papel, apurou, se aprofundou minimamente nas evidências. Exibiu matérias jornalísticas neutras e precisas. 
Não precisava ser um gênio para entender que havia algo de errado. 
O dia terminou com parte da mídia com a 'pulga atrás da orelha', comemorações dos bolsonaristas fanáticos e todos que detém do mínimo de coerência se perguntando, "será?". 

Segunda dia
Uma enxurrada de matérias, análises, artigos e notas fazendo o contraponto à versão oficial da Polícia. A fala do juiz deixou muita gente se perguntando, "mas como assim, seu juiz?".
Qual a dificuldade dos comunicadores em questionar uma versão pronta da Polícia e até mesmo ponderar sobre uma decisão da Justiça? . "A decisão da Justiça se cumpre". Fato, se cumpre, mas não quer dizer que somos obrigados a engolir qualquer versão, principalmente quando o juiz afirma ter mantido a prisão dos SUSPEITOS para a segurança deles próprios. "Investigado não se prende, se investiga". E  onde estão os indícios de que eles pretendiam atear fogo em outras reservas? Até agora não apareceram. 
A imagem dos 4 suspeitos de cabeça raspada chocou quem os conhece, mas é praxe apesar de não se concordar com a prática. E uma espécie de cometa caiu no meio midiático, a conversa na íntegra do áudio que antes havia sido disponibilizado com cortes à imprensa. "Ué... o que tem de errado nessa conversa?" , ou "pode te algo, mas pode não ter". Como algo tão dúbio pode ser usado como materialidade?
A nota do MPF salientou a linha de investigação a PF e a investiga contra grilieiros que tem aos montes em Alter do Chão.
Mídia internacional como NYT, The Guardian, The Intercept emitindo reportagens que fortaleceram uma narrativa alternativa,  Alívio por um lado, mas como apoiadores do ativismo ambiental, fomos dormir com uma preocupação gigante, porque durante o dia de ontem tivemos a dimensão do contexto sociopolítico que a prisão dos brigadistas está inserida. 

Terceiro dia
Enquanto os presos estão neste momento aguardando o término do inquérito policial, um levante de apoios se espalham pelo mundo. Só uma campanha de assinaturas on line já tem mais de 13 mil apoiadores. Várias organizações e movimentos sociais  Brasil e de outros países se solidarizando com o que está havendo aqui em Santarém. 
Um HC foi impetrado hoje e para a família e filhos dos brigadistas, eles só querem vê-los em casa imediatamente, mas todos nós e eles queremos ver Justiça.


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