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Tecido emborrachado é produzido em comunidade da Floresta Nacional do Tapajós
Graças a um acordo de cooperação técnica entre a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade de Brasília (UNB) e Instituto de Estudos Integrados Cidadão da Amazônia (INEA), os comunitários que extraem o látex dos seringais da comunidade Jamaraquá, unidade de conservação da Floresta Nacional do Tapajós, no município de Belterra, no oeste do Pará, comemoram o beneficiamento da matéria-prima para a produção de tecidos emborrachados e outros produtos ecológicos, que aumentaram a renda das famílias que vivem da atividade extrativista.

Neste final de semana, a equipe de TV do programa “Como Será?”, da Rede Globo, composta por Max Fercondini, Amanda Richter e Alberto Andrich, visitaram a comunidade e conheceram toda a cadeia de produção do tecido emborrachado produzido na comunidade extrativista. “Nós escolhemos vir para cá. A Amanda, minha namorada, que também apresenta o quadro, fez a pesquisa, e nós já tínhamos um carinho muito grande pela comunidade, e a vontade que nós tínhamos de conhecer já foi atendida. Porque, realmente, o projeto envolve a comunidade do início ao fim da produção, e isso é um diferencial que a gente observou. É um projeto que tem, na sua essência, ecologia e meio ambiente, uma produção sustentável, geração de renda, participação comunitária, engajamento feminino. E todos esses aspectos nós já imaginávamos encontrar aqui e foi por isso que viemos documentar o projeto para o programa”, conta Fercondini. 



Inventário dos seringais

Para que a comunidade produzisse o tecido emborrachado de forma sustentável, agregando valor tanto ao látex extraído pelos seringueiros quanto ao artesanato produzido pelas mulheres da comunidade, a realização do inventário dos seringais era fundamental, comenta o engenheiro florestal João Ricardo Gama, professor da UFOPA que participa do projeto. “Nós fizemos o inventário florestal dos seringais localizados na Serra, Quintal e Igapó, com a finalidade de analisar parâmetros silviculturais e quantificar o potencial de produção de látex; para isso mensuramos as árvores e acompanhamos a coleta do látex na época de produção (janeiro a agosto), verificamos que os seringais da comunidade têm capacidade para produzir 2,6 toneladas de látex por ano, todo esse estudo foi fundamental, pois os comunitários não tinham noção da capacidade produtiva de látex dos seringais, e por isso não conseguiam dimensionar o potencial de fabricação de borracha da comunidade”, explica.

“Com a parceria e a tecnologia, melhorou a nossa sobrevivência, nossa qualidade de vida, porque antes nós trabalhávamos com a borracha bruta (cernambi), e ela não tinha muito mercado, o preço era muito baixo, R$ 1,20 o quilo. Agora com as mantas de borracha, chamadas de folhas semiartefato (FSA) e folha defumada líquida (FDL), o quilo é vendido por R$ 16, e começamos a fabricar o tecido emborrachado que será vendido por R$ 80 o metro quadrado”, conta Pedro Pantoja, o seu Pedrinho, seringueiro da Jamaraquá. 


Como Será? - As filmagens da produção extrativista da comunidade Jamaraquá serão exibidas no projeto Sobre as Asas, um dos quadros do programa Como Será? O programa deve ir ao ar no mês de maio.

Talita Baena (texto e fotos) – Colaboradora do Blog Amazônia em Foco

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