Tecido emborrachado é produzido em comunidade da Floresta
Nacional do Tapajós
Graças a um acordo de cooperação técnica entre a
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade de Brasília (UNB) e
Instituto de Estudos Integrados Cidadão da Amazônia (INEA), os comunitários que
extraem o látex dos seringais da comunidade Jamaraquá, unidade de conservação
da Floresta Nacional do Tapajós, no município de Belterra, no oeste do Pará,
comemoram o beneficiamento da matéria-prima para a produção de tecidos
emborrachados e outros produtos ecológicos, que aumentaram a renda das famílias
que vivem da atividade extrativista.
Inventário dos seringais
Para que a comunidade produzisse o tecido emborrachado de
forma sustentável, agregando valor tanto ao látex extraído pelos seringueiros
quanto ao artesanato produzido pelas mulheres da comunidade, a realização do
inventário dos seringais era fundamental, comenta o engenheiro florestal João
Ricardo Gama, professor da UFOPA que participa do projeto. “Nós fizemos o
inventário florestal dos seringais localizados na Serra, Quintal e Igapó, com a
finalidade de analisar parâmetros silviculturais e quantificar o potencial de
produção de látex; para isso mensuramos as árvores e acompanhamos a coleta do
látex na época de produção (janeiro a agosto), verificamos que os seringais da comunidade
têm capacidade para produzir 2,6 toneladas de látex por ano, todo esse estudo
foi fundamental, pois os comunitários não tinham noção da capacidade produtiva
de látex dos seringais, e por isso não conseguiam dimensionar o potencial de
fabricação de borracha da comunidade”, explica.
Como Será? - As filmagens da produção extrativista da
comunidade Jamaraquá serão exibidas no projeto Sobre as Asas, um dos quadros do
programa Como Será? O programa deve ir ao ar no mês de maio.
Talita Baena (texto e fotos) – Colaboradora do Blog Amazônia em Foco
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