CASTANHEIRAS CENTENÁRIAS
Ibama apreende 51 toras de castanheiras centenárias em Nova Ipixuna, no Pará
Fiscais do Ibama apreenderam neste final de semana 51toras de castanheira-do-pará, quantidade equivalente a 12 caminhões cheios, num depósito a céu aberto na cidade de Nova Ipixuna, a 50 Km de Marabá, no sudeste do estado. Os agentes ainda investigam quem seria o proprietário da madeira, que será multado em R$ 90 mil. As castanheiras, que são protegidas por lei contra o corte, ficarão sob os cuidados da prefeitura até a doação para obras sociais.
As árvores centenárias estavam ocultas numa área próxima à entrada da cidade. “Eles fazem um tipo de ‘estoque’ em terrenos baldios e só serram quando já venderam o produto. Para burlar a fiscalização, movimentam as toras para as serrarias somente à noite e durante os finais de semana”, explica o coordenador da ação, o analista ambiental Hugo Américo.
A derrubada de castanheiras-do-pará acontece, segundo Américo, por causa das características da madeira, muito usada na fabricação de móveis e construção civil, pela sua boa maleabilidade e resistência a pregos. De acordo com pesquisas, a ocorrência da castanheira alcança em média 1,5 árvore por hectare no Pará. Assim para derrubar as 51 árvores apreendidas, houve a degradação de aproximadamente 76,5 hectares de florestas, o equivalente a mais de 76 campos de futebol.
“Esse corte impactou severamente o meio ambiente, porque destruiu árvores centenárias, responsáveis pela maior produção de sementes e a perpetuação da espécie”, diz Américo, acrescentando que a árvore ainda desempenha importante papel na geração de renda das populações tradicionais do estado, que vivem da coleta das suas castanhas.
SERRARIA SEM LICENÇA
Também foram apreendidos 23m³ de madeira já serrada em uma empresa clandestina em Nova Ipixuna. Dentre as espécies havia angelim, ipê e faveiro. A serraria, além de embargada, foi multada em R$ 6,9 mil por ter madeira em depósito sem comprovação de origem. Por funcionar sem o licenciamento ambiental, ela será multada entre R$ 500 e R$ 10 milhões, ao final da análise do caso pelos fiscais.
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