Antônio Cruz/ABr
Desembargadora paraense determina a soltura de fazendeiro condenado como mandante do assassinato de Dorothy Stang
A desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos, expediu ontem o alvará de soltura para que Regivaldo Pereira Galvão, o "Taradão", possa aguardar em liberdade o julgamento de recurso de apelação à sentença condenatória de 30 anos de reclusão, prolatada ao final do Juri Popular, realizado no último dia 1º de maio. "Taradão" foi condenado como um dos mandantes do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang.
Em seu despacho, a desembargadora afirma que ao determinar a sentença condenatória, “o juiz negou ao paciente o direito de responder ao recurso em liberdade, limitando-se a apontar a necessidade da custódia em virtude da condenação”, como se isto (a condenação) não fosse suficiente para mantê-lo atrás das grades.
O documento afirma que Regivaldo nio Rocha de Siqueira, é possuidor de condições pessoais favoráveis como ser réu primário, possuir bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita. O documento afirma também que Regivaldo “compareceu em todos os atos da instrução criminal, inclusive espontaneamente ao cartório criminal para tomar ciência da data do seu julgamento”.
O CRIME
Irmã Dorothy Stang, da congregação de Notre Dame, foi morta a tiros no dia 12 de fevereiro de 2005, no município de Anapu, no Pará. Apontado como um dos mandantes do crime, Vitalmiro Moura, o Bida, foi condenado a 30 anos de prisão. Outros envolvidos no caso, Rayfran das Neves, Clodoaldo Carlos Batista e Amair Feijoli também já foram condenados. Regivaldo Pereira Galvão foi condenado a 30 anos de prisão cinco anos após a morte da freira. Durante todo este período esteve em liberdade.
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