Bispo do Xingu ganha 'Nobel alternativo' por defesa dos índios e da Amazônia
Dom Erwin Kräutler é opositor ferrenho da usina de Belo Monte.
Ele ajudou a incluir os direitos indígenas na Constituição de 1988.
A fundação Right Livelihood Award reconheceu nesta quinta-feira (30), com o chamado 'Prêmio Nobel alternativo' 2010, os esforços do bispo brasileiro Erwin Kräutler em prol das tribos indígenas e da preservação da Amazônia.
Kräutler foi premiado por "uma vida de trabalho pelos direitos ambientais e humanos dos povos indígenas" e seus "esforços por salvar a Amazônia da destruição".
Criado em 1980, o prêmio é entregue anualmente no Parlamento sueco. Ele foi criado "para homenagear e apoiar aqueles que oferecem respostas e exemplos práticos para os desafios mais urgentes que enfrentamos hoje ", de acordo com a organização.
A iniciativa começou com Jakob von Uexküll, um filatelista sueco-alemão, que vendeu seu negócio para conseguir os primeiros recursos doados. Desde então, o prêmio tem sido apoiado por doadores individuais.
Brasileiro de origem austríaca, Kräutler, de 71 anos, se destacou pela defesa dos direitos indígenas na região paraense do Xingu, de cuja diocese é bispo desde 1980.
Seu trabalho possibilitou a inclusão dos direitos indígenas na Constituição brasileira de 1988, uma linha que seguiu promovendo no Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Com o Cimi, Kräutler impulsionou projetos de construção de casas, escolas e centros para crianças, mães e mulheres gestantes.
Kräutler também é um ferrenho opositor da construção da hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, em razão dos irreparáveis danos ambientais que pode causar na região.
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