Funai publica os estudos da Terra Indígena Cobra Grande,
Santarém (PA)
Os estudos de identificação e delimitação da Terra Indígena
(TI) Cobra Grande, em Santarém (PA), foram assinados, na última sexta-feira
(25), pelo presidente da Funai, João Pedro da Costa, e publicados hoje (29), no
Diário Oficial da União. A publicação foi um compromisso firmado entre o
presidente e representantes indígenas de diversos povos da região do Tapajós
(PA), durante reunião ocorrida no dia 15 de setembro, na sede da Funai, em
Brasília-DF.
Dotada de uma superfície de 8.906 hectares, a TI localiza-se
à margem esquerda do baixo curso do rio Arapuins. A população, composta pelos
povos Arapium, Tapajó e Jaraqui, distribui-se em cinco comunidades: Caruci,
Lago da Praia, Santa Luzia, Arimum e Garimpo/Caridade.
A população indígena pratica a tradicional economia mista
ribeirinha, que integra a agricultura, a pesca, a caça e o extrativismo
vegetal, associados à criação em pequena escala de animais domésticos. A pesca
e os derivados da mandioca compõem a base da alimentação cotidiana dessas
comunidades.
Embora os indígenas já habitem essa área de forma
permanente, onde plantam roçados e constroem casas de farinha, em espaços
denominados "centros" ou "colônias", houve diversos
momentos em que precisaram se deslocar para regiões mais distantes, devido ao
avassalador processo de colonização da região. A formação das comunidades, a
partir da década de 1970, foi um dos alicerces para que, hoje, se pudesse
realizar esse estudo.
Em tempo de rápidas transformações, a demarcação da Terra
Indígena Cobra Grande representa, para os indígenas, a possibilidade de
manterem a autodeterminação de suas organizações sociopolíticas e a integridade
de seus modos de produção tradicional.
Fonte: Funai
Fonte: Funai
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