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Violonista e compositor renomado - tanto pela técnica fenomenal quanto pela erudição - Sebastião Tapajós criou uma vertente do violão brasileiro que combina o clássico e o popular com o folclore regional da Amazônia. 

Sebastião Tapajós em uma de suas apresentações no primeiro ano de funcionamento da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em outubro de 2011 | Foto: Edvaldo Pereira / Amazônia em Foco
O violonista e compositor Sebastião Tapajós, um dos nomes expressivos da cena musical amazônida, faleceu na noite deste sábado, 2 de outubro de 2021, em Santarém (PA), vítima de um infarto agudo do miocárdio. Sebastião Pena Marcião tinha 79 anos de idade e uma carreira consagrada no Brasil e na Europa. Seu nome artístico é uma homenagem ao rio e à terra de onde ele saiu: o Rio Tapajós.

Nascido em uma embarcação durante a viagem entre Alenquer e Santarém, em 16 de abril de 1943, começou a estudar violão ainda criança. Em 1964 foi para a Europa, formando-se pelo Conservatório Nacional de Música de Lisboa, em Portugal. Na Espanha, estudou guitarra com Emilio Pujol e cursou o Instituto de Cultura Hispânica. Regressando ao Brasil, recebeu a cadeira de violão clássico do Conservatório Carlos Gomes de Belém.


Ao longo de sua carreira tocou com nomes da MPB como Hermeto Pascoal, Jane Duboc, Zimbo Trio, Waldir Azevedo, Paulo Moura, Sivuca, Maurício Einhorn e Joel do Bandolim, e internacionais como Gerry Mulligan, Astor Piazzolla, Oscar Peterson e Paquito D'Rivera. Em 1998 compôs a trilha sonora do longa-metragem paraense Lendas Amazônicas.


Além de sua obra como instrumentista, é autor de várias canções, em parceria com Marilena Amaral, Paulinho Tapajós, Billy Blanco, Antonio Carlos Maranhão, Avelino do Vale e outros compositores. Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como Emílio Santiago, Miltinho, Pery Ribeiro, Jane Duboc, Maria Creuza, Fafá de Belém, Nilson Chaves, Ana Lengruber e Cristina Caetano, entre outros.


Suas numerosas composições, produto de uma carreira que dura mais de 60 anos, são regravadas incessantemente em todo o mundo. Ao todo foram 90 álbuns, incluindo composições próprias e interpretação de clássicos. A projeção global de Sebastião Tapajós chamou a atenção para a cultura brasileira, a região amazônica e particularmente para o estado do Pará.


Em 16 de maio de 2013, Sebastião Tapajós recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Ainda no mesmo ano, em 11 de novembro de 2013, recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).


O governador do estado do Pará, Helder Barbalho, decretou luto oficial de três dias.

Sebastião Tapajós durante a concessão do título de doutor honoris causa da Ufopa, em 11 de novembro 2013 | Foto: Malu Morais / Amazônia em Foco

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